domingo, 16 de setembro de 2012

" É na caminhada que somos transformados."

" É na caminhada que somos transformados."

Meio: Caminhada
Fim: Transformação

Meio e Fim esclarecidos.

Segundo algumas fontes, caminhada seria andar em determinada direção. Respectivamente, transformação seria metamorfosear, tomar forma. Parafraseando fica-se entendido: É andando em determinada direção que metamorfoseamos, tomamos forma.
É possível fazer elo então com o processo de ganho de experiencias, possíveis no estado de caminhada.
Neste caso, a caminhada é constante, real e diária. O tempo segue seu ciclo de ordem, e não para.
Observando nosso cotidiano, o eterno processo de tomar decisões, de escolher entre coisas, de frustrar-se ou alegrar-se em meio a tudo ou nada, nos rouba inteligentemente a todo momento das garras da estagnação e inércia.
O que quero afirmar é que movimento gera vida e logo, crescimento.
E portanto, se já escolhemos não ficar parados, demos o primeiro passo.
Porém, os caminhos da vida nos levam a real definição de quem somos, de onde viemos e para onde vamos?

A transformação nos permite olhar para a nossa velha versão, e encontrar um contraste, se deparar com uma descoberta dentro de nós e entender que tudo se deu por caminhar.
É como aquela ideia de Einstein, que diz que uma mente que se abre a uma nova ideia, eu diria a um novo horizonte, jamais voltará ao seu tamanho original. De uma perspectiva diferente, porém com algumas semelhanças.
Bom, a verdadeira transformação nos move, nos direciona, nos motiva, e então torna-se possível o nascimento de um foco, um verdadeiro objetivo de busca.

Quando penso em transformação, não posso deixar de ver Deus. Seja na sua perfeita forma de moldar nosso caráter, no seu pleno cuidado...enfim.
Mas ainda sim, nos é imputada a liberdade de escolher.
Uma vida diária e constante de contato, de proximidade, onde há um investimento de tempo de qualidade num relacionamento de perfeição, é a chave para entender quem somos, de onde viemos e para onde vamos,  porque Ele é que nos moldou. Isso é engraçado porque eu começo a me lembrar das nossas formas de querer explicar/entender/justificar/argumentar as coisas sem nem termos prática nisso. Sem nem mesmo sermos autores da Vida. Mas isso já é um outro assunto.  (risadas)

BRISA,Bárbara.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Janela

Amanheceu. Quarta feira.
Beira o nono dia. Um mormaço na cidade.
Tempos depois,
já é possível ver sombra do concreto sobre a cor.
A essa hora, o sol está quase partindo,
as nuvens se encontram,
as arvores deixam-se balançar pelo vento poupado a correr.

Dentro, silêncio.

Quatro, Cinco, Seis horas...
- Zooooooooom
Corta o silêncio.
Vermelhos, pretos ou pratas,
seguem os carros.
Quem vem, quem vai,
sabe que logo o dia acaba.
Quem vai, quem vem,
o dia acaba, logo, sabe.

Voam os pássaros sobre o céu azul,
apressam-se mães ao encontro de seus filhos,
e então, vejo vida e movimento contrastando.

Lá fora, barulho.

Basta uma janela,
pra então poder observar.
Dentro ou fora,
tudo prestes a acontecer,
tudo em pleno movimento,
tudo em estático circuito.

Se fico ou atravesso a janela, estou dentro e fora ao mesmo tempo.
Que importa a perspectiva? São dois lugares concomitantemente,
e basta uma janela.

BRISA, Bárbara