Passar algum tempo de qualidade consigo mesmo, com Deus, com seus amigos, é de fato saudável.
Entardecer, envelhecer um pouco mais ao final de um dia, fica menos explícito, quando não nos deixamos nos resumir a isso.
Com o tempo, viver, deixar uma canção tomar caminho em nossas veias, pode se desgastar ou tomar frequência.
Fizemos dos simples encontros um humano momento de desapego, de serenidade e paz com nós mesmos.
Víamos o sol se despedir, as andorinhas seguirem seu caminho, e seu canto a ecoar sobre os céus eram um prelúdio às nossas tímidas e sinceras trocas revezadas de silencio-meias palavras-tempo e boas risadas.
Um bem estar apenas por poder contemplar tanta calmaria.
Em algum certo momento, passado algum tempo, nos cercamos de menos entardecer, de menos silencio-meias palavras - tempo e boas risadas, ninguém sabe o que houve, e puxa, que saudade!
Mas hoje, agora, pela janela, recobrando meus sentidos, tenho entendido que essas memórias e suas seguidas formações não perderam sua autenticidade, nem mesmo nós. Acredito que estávamos apenas num espaço de tempo nos reconduzindo e recriando nossas frágeis estruturas frente a tanto concreto interpretado como for.
O importante é que de volta, o tempo se envolva, e entre os acessos de sua austeridade e revolta, de fulgor e calmaria, não se perca sequer um milímetro do que pudemos vivenciar.
E como diria Vinícius:
" Outros que contem,
passo por passo:
Eu morro ontem
nasço amanhã
ando onde há espaço
Meu tempo é quando. "
Pluralizo e digo que Nosso Tempo É Quando!
BRISA,Bárbara.
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