domingo, 8 de julho de 2012

A Paz


Vejo um farol no fim dos rumos da rua.
É noite de domingo e bem fria.
Não há sinais de pessoas, nem de movimento de carros.
É noite de calmaria.
A cidade quase dorme, exceto por algumas luzes acesas.
Um silêncio paira, como se falasse.
Vejo a cobertura azul e seus luminares ofuscados pelo mar de concreto, feito por mãos de homens, e chego a seguinte questão: Aonde as pessoas encontram paz? Mas falo da verdadeira paz, não um mero encostar de cabeça no travesseiro e a ligeira ideia de que tudo se encontra no lugar apenas porque aparentemente cumprimos o protocolo.
Digo, uma tamanha serenidade, uma plenitude, tao certa, onde nem mesmo os maiores anseios e preocupações podem tirar esse conforto real.
Por um instante de tempo, fechar os olhos e me encontrar na imensidão apreciando cada puro brilho, não sentir nada mais que calmaria, não lembrar de absolutamente nada superficial e passeiro, apenas me deter na essência, fez-me sentir pequena e tão bem acompanhada dos astros,e eu podia tocá-los, e parecia em casa.
A verdadeira paz não se resume só a isso, mas é composta disso.
Então, se sentir em casa diante da imensidão, ser amparado junto aos braços do grande Criador, estar rodeado dos queridos, estar maravilhado ante tamanha perfeição delicadamente arquitetada é sim um privilégio.
Mas como alcançá-lo?
Tudo começa em decidir-se, e então buscar e manter comunhão, uma sincera comunhão que o tornará cada vez mais sensível ao toque e ao falar dEle. Intimidade é do que falo.

Todos nós buscamos uma paz, e essa paz pode nos acompanhar infinitamente, por isso entregue-se, todos os dias. Porque de intimidade é do que falo. E por meio desta busca, logo ali, veremos um farol no fim dos rumos da rua, que nos guiará aonde jamais pudemos pensar ou imaginar.

BRISA,Bárbara.

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