Amanheceu. Quarta feira.
Beira o nono dia. Um mormaço na cidade.
Tempos depois,
já é possível ver sombra do concreto sobre a cor.
A essa hora, o sol está quase partindo,
as nuvens se encontram,
as arvores deixam-se balançar pelo vento poupado a correr.
Dentro, silêncio.
Quatro, Cinco, Seis horas...
- Zooooooooom
Corta o silêncio.
Vermelhos, pretos ou pratas,
seguem os carros.
Quem vem, quem vai,
sabe que logo o dia acaba.
Quem vai, quem vem,
o dia acaba, logo, sabe.
Voam os pássaros sobre o céu azul,
apressam-se mães ao encontro de seus filhos,
e então, vejo vida e movimento contrastando.
Lá fora, barulho.
Basta uma janela,
pra então poder observar.
Dentro ou fora,
tudo prestes a acontecer,
tudo em pleno movimento,
tudo em estático circuito.
Se fico ou atravesso a janela, estou dentro e fora ao mesmo tempo.
Que importa a perspectiva? São dois lugares concomitantemente,
e basta uma janela.
BRISA, Bárbara
Bárbara,
ResponderExcluirpoema bonito sobre a rotina de um dia,
observada pelo eu-lírico através de sua janela poética.
Abraço da
Celina
Obrigada Celina!
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